segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O PRECONCEITO ISOLA


Discriminação e estigma contra portadores de Aids permanecem

GENEBRA - A discriminação e o estigma contra as pessoas infectadas pelo vírus da Aids seguem vigentes quase três décadas após a descoberta da doença, e este é um dos fatores que impedem o acesso universal a tratamentos, denunciou nesta segunda-feira a Organização das Nações Unidas.

A alta comissária de Direitos Humanos da Onu, Navi Pillay, informou num comunicado por ocasião do Dia Mundial contra a Aids, celebrado nesta segunda-feira, que embora se tenha avançado muito desde que se identificou a doença há 27 anos, e muito mais pessoas tenham acesso a tratamentos, ainda vigoram todo tipo de discriminações contra os soropositivos e enfermos.

- Um terço dos países não tem leis para proteger as pessoas que vivem com o HIV, e na maioria deles continua havendo discriminação contra mulheres, homossexuais, profissionais do sexo - dependentes de drogas e minorias étnicas - acrescentou.

Pillay denunciou "a contínua existência de leis punitivas quando se descobrem casos positivos, a criminalização da transmissão do HIV e as proibições de viagens a portadores do vírus, a inadequada proteção par mulheres e crianças contra a violência sexual, a marginalização e hostilidade contra as minorias sexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas por meio intravenoso, presos e outros grupos vulneráveis".

Para a representante da ONU, é "fundamental uma resposta baseada nos direitos humanos para evitar novas infecções por HIV, e para mitigar o impacto da epidemia".

- É inaceitável que o local de nascimento ou residência determine nossas perspectivas de sobrevivência à Aids - destacou.

A pesar de tudo, Pillay reconheceu que nos últimos anos tem havido avanços para ampliar o acesso a tratamentos e recordou que ao fim de 2007, três milhões de pessoas nos países de baixa e média renda, tomavam anti-retrovirais. Segundo dados do último relatório "Onusida", a agência das Nações Unidas dedicada ao tema da Aids, para cada duas pessoas que começam o tratamento anti-retroviral, são contabilizadas ainda cinco novas infecções.

Fonte:
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2008/12/01/discriminacao_
estigma_contra_portadores_de_aids_permanecem-586782338.asp

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