quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Olhos fechados

Sempre encontramos muitas pessoas que reclamam sobre a vida, sobre um amor não correspondido, sobre um emprego ruim, sobre o calor, sobre o frio, sobre a comida que se está enjoado, sobre isso, sobre aquilo... Enfim, sobre quase tudo... Nós mesmos fazemos isso...
A maioria das pessoas fazem as proporções dessas mazelas crescerem absurdamente, girando 24 horas em torno desses problemas, e esquecendo de viver o que se realmente tem de se viver.
Nos preocupamos com um amor não correspondido, mas não percebemos o ser que vive em solidão.
Nos preocupamos com o frio que vem muito forte, mas não percebemos a pessoa que passa ou até mesmo morre de frio.
Nos preocupamos com a casa que é muito grande e é ruim de arrumar, ou pequena que não tem espaço para nada, mas não percebemos o pai de família que tem apenas um barraco, ou até mesmo, apenas um viaduto para "oferecer" à família.
Reclamamos do arroz e feijão de todo dia, mas ignoramos os olhos famintos por estes, que nos alimenta todos os dias.
Se reclama, reclama, reclama, e não se percebe a vida perfeita que se tem.
Afinal essas mazelas, são pequenos desafios que devemos transpor... São pequenas coisas que fazem dar sentido à vida, que vai nos fazer melhorar.
Se percebecêssemos quanta sorte que temos em ter somente pequenas mazelas para resolver, não faríamos disso nossa decadência, mas sim a nossa ascenção.
Sorriríamos mais, amaríamos, mais viveríamos mais...
Daríamos oportunidades a muitas coisas que já deixamos passar, e não nos aflingiríamos com pequenos temores, que nesse estado de cegueira, faz com que tropecemos cada vez mais, nos nossos próprios pés.

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