Eu tenho um grito preso na garganta.
Desses de dá nó.
É o grito que não quer sair...
É o grito que teima em não sair, carregado de todos os pensamentos e sentimentos não ditos.
Eu tenho um grito dentro da garganta.
Desses que pode até assustar.
É o grito indignado com esse mundo hipócrita, em que os mais afortunados se preocupam com coisas também banais criticando o modo e a cultura de pessoas desafortunadas.
Eu tenho um grito na garganta.
Desses que não podiam se abafar.
É o grito que simplesmente queria se espalhar pra fazer as pessoas entenderem o quão o mundo anda caótico.
É o grito que olha e não entende!
Eu tenho um grito dentro do meu peito.
É o grito de liberdade que anseia desesperadamente sair.
É o grito que procura a igualdade, e se ela não for possível, pelo menos o respeito.
Eu tenho um grito na minha cabeça.
É o grito da razão.
É o grito que quer acabar com esse paradoxo do mundo.
Afinal, para um mundo que tem cada vez mais caminhos mais próximos de comunicação, dada a tamanha tecnologia, se torna mais distante, frio e desumano.
Olhe para além de sua janela, quer seja ela real ou virtual.
Exergue com os olhos do grito que precisa sair.
E grite contra esse mundo tão pequeno, que não é capaz de enxergar as necessidades vitais de um ser.
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